As pessoas com insônia crônica são menos produtivas e têm um desempenho pior que as que dormem bem. Estima-se que os prejuízos em torno dessa baixa produtividade sejam de cerca de R$4 mil por funcionário, segundo norte-americano publicado na revista científica Sleep.
Só nos Estados Unidos, os problemas recorrentes de noites mal dormidas, causam uma perda anual de mais de R$100 bilhões de reais.
Não apenas a privação, mas a baixa qualidade do sono pode afetar as funções cognitivas do indivíduo. Diversos distúrbios podem ser a causa de noites mal dormidas. A apneia está entre eles.
Apneia do sono: O que mostra o estudo
Em um estudo amostral em indivíduos com acesso a...
[Leia mais]As pessoas com insônia crônica são menos produtivas e têm um desempenho pior que as que dormem bem. Estima-se que os prejuízos em torno dessa baixa produtividade sejam de cerca de R$4 mil por funcionário, segundo norte-americano publicado na revista científica Sleep.
Só nos Estados Unidos, os problemas recorrentes de noites mal dormidas, causam uma perda anual de mais de R$100 bilhões de reais.
Não apenas a privação, mas a baixa qualidade do sono pode afetar as funções cognitivas do indivíduo. Diversos distúrbios podem ser a causa de noites mal dormidas. A apneia está entre eles.
Apneia do sono: O que mostra o estudo
Em um estudo amostral em indivíduos com acesso a rede de saúde, mais de 80% dos afetados pela apneia do sono nunca haviam sido diagnosticados.
A estimativa atual é de que 936 milhões de pessoas sejam acometidas pela apneia do sono em todo o mundo. Ela produz uma redução na efetividade do sono, gera sonolência diurna e pode ter um impacto similar sobre a produtividade.
O uso de terapia com pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP) durante o sono é o tratamento padrão para essa condição. “A utilização é feita adaptando-se uma máscara ao rosto, por onde é administrado um fluxo de ar que vai permitir a respiração normal.
O bom resultado dependerá do comprometimento do paciente com o tratamento”, diz Fernanda Murakami, líder em inovações clínicas da ResMed LATAM.
Afinal, o que é Apneia do Sono?
A apneia do sono é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos. Não se trata de um simples ronco. Na apneia, a barulheira noturna é entrecortada por engasgos — e o duro é que muitas vezes o indivíduo nem os percebe enquanto dorme. Essas pequenas pausas na entrada de ar chegam a diminuir a concentração de oxigênio no sangue.
É daí que derivam as consequências mais sérias do distúrbio. A redução de oxigênio super ativa o sistema nervoso, que eleva o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos. E, com o tempo, isso se perpetua ao longo do dia. Daí o fato de a apneia do sono ser considerada um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca.
Além disso, o quadro favorece o acúmulo de gordura abdominal e a resistência à insulina (hormônio que permite à glicose entrar nas células e gerar energia), condições que contribuem para o surgimento do diabete tipo 2.
Nesses casos, o ar para de fluir para as vias aéreas em função de um bloqueio temporário causado pelo relaxamento dos músculos da garganta — questões anatômicas interferem aqui. Em crianças, o problema pode estar relacionado ao aumento das adenóides, glândulas localizadas no nariz, ou das amígdalas, estruturas que ficam na entrada da faringe. A apneia central do sono, por sua vez, é um tipo mais raro, ocasionado por uma alteração na região do cérebro que controla a respiração.
Sinais e sintomas
– Ronco
– Respiração ofegante
– Sensação de sufocamento ao dormir
– Sono agitado
– Sonolência ao longo do dia
– Dificuldade de concentração
– Dor de cabeça matinal
Fatores de risco
– Excesso de peso
– Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta
– Tabagismo
– Álcool em excesso
– Uso exagerado ou equivocado de sedativos
– Aumento das amígdalas e adenóides
– Dormir de barriga para cima
– Tumores
A prevenção
Como o excesso de peso é um dos principais desencadeadores da apneia, um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercício físico, é essencial para se ver livre do problema.
Os fumantes devem fazer um esforço extra e deixar o cigarro de lado, uma vez que o hábito costuma agravar bastante a condição. Recomenda-se também maneirar nas doses de bebida alcóolica, que em excesso interfere no ciclo do sono e no relaxamento da musculatura e da garganta e se transforma em gatilho para o distúrbio.
» Procure sempre um profissional de saúde para obter orientação especializada.
Créditos: Com informações do blog pracarreiras e do site da Revista Veja